Equipamentos das usinas de oxigênio chegam no Sudoeste
Unidades serão implantadas nos municípios de Mangueirinha, Coronel Vivida e Clevelândia
No domingo (28), os equipamentos para a implantação das três usinas de oxigênio no Sudoeste chegaram na região. A previsão é de que até o fim desta semana, pelo menos uma delas — alocada em Coronel Vivida — esteja em funcionamento e possa abastecer as unidades hospitalares e cilindros domésticos do município.
De acordo com Geraldo Daguer Pergher, proprietário da empresa responsável pela instalação das usinas, o município será o primeiro a inaugurar a geradora de oxigênio porque já conta com uma estrutura preparada para receber os equipamentos, o que torna mais rápida a implantação. “Na condição de Coronel, eu diria que em um dia fazemos tudo. Hoje [terça-feira (30)] já nos deslocamos para o município para instalar e na quarta-feira (31), no fim do dia, é provável que já esteja funcionando”, explicou.
Depois de Coronel Vivida, os municípios de Clevelândia e Mangueirinha, que também adquiriram usinas, serão, respectivamente, os próximos a instalar as geradoras.
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
A usina adquirida pela Prefeitura de Coronel Vivida é a maior entre as três que serão instaladas nos municípios pertencentes ao Consórcio Intermunicipal de Saúde (Conims), no decorrer desta semana. Sozinha, tem capacidade para produzir 10,5 metros cúbicos por hora, ou seja, é capaz de gerar, ao dia, oxigênio suficiente para até 36 cilindros de 7 metros cúbicos, os mais utilizados em hospitais.
Já as usinas de Mangueirinha e Clevelândia, ambas com mesma capacidade, podem produzir até 6,7 metros cúbicos do gás por hora, o que leva a uma produção diária de quase 23 cilindros comuns.
Na unidade instalada em Clevelândia todo o gás produzido deve ser dividido com o município de Mariópolis, que comprou metade da estrutura.
INVESTIMENTO
Por ser maior, a usina em Coronel Vivida custou R$ 357.245,64. Já as de Clevelândia e Mangueirinha foram adquiridas pelo valor de R$ 297. 014,99.
Segundo Pergher, os três municípios compraram usinas que possuem a capacidade de enchimento de cilindros, ou seja, que não funcionam apenas em redes de distribuição do gás. Por possuírem essa particularidade o valor investido foi 25% maior do que o cobrado por equipamentos que não tem a opção de enchimento direto no cilindro.
Diferente de Mangueirinha e Coronel Vivida, Clevelândia é o único município que ainda não conta com uma rede de distribuição do gás diretamente nos leitos do hospital, porém já está providenciando a estrutura.
USO DO OXIGÊNIO NA PANDEMIA
Conforme Pergher, antes da pandemia, um cilindro comum [de sete metros cúbicos] levava, em média, dois dias para esvaziar. Hoje, com a alta taxa de internamentos pela covid-19, o mesmo recipiente é consumido em um prazo de até dez horas.
Em Coronel Vivida, a média de oxigênio utilizada se aproxima da apresentada por Pergher, pois, como aponta o secretário municipal de Saúde, Vinícius Tourinho, antes da pandemia eram consumidos cerca de cinco cilindros por semana. Hoje, com a alta nas internações, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas do município, registra o uso de 24 a 30 recipientes no mesmo espaço de tempo — o que eleva uma média de menos de um cilindro por dia para cerca de quatro.
“Na Secretaria, nós passamos de 40 recargas ao mês para 95”, explicou Tourinho ao comentar que o município também empresta cilindro para pacientes em domicílio. Neste caso, o tamanho dos cilindros são diversos, ao contrário dos utilizados na UPA, que são somente de sete metros cúbicos.
De acordo com Andersson Nesello, chefe da 7ª Regional de Saúde, a quantidade de oxigênio utilizada, depende de cada hospital, “pois, varia de acordo com número de pacientes existentes, o quadro de saúde de cada um deles, e, por consequência, o plano de tratamento estabelecido.”
Por: Jéssica Procópio/Diário do Sudoeste – Foto: Divulgação.