Morte de professor em Abelardo Luz pode ter ligação com dois assassinatos no Paraná
Robson Paim, 36 anos, foi encontrado morto em casa em abril; outros casos aconteceram em Curitiba
A morte do professor Robson Paim, 36 anos, em Abelardo Luz, no Oeste de SC, que aconteceu há quase um mês, pode estar associada a outros assassinatos no Paraná. A Polícia Civil dos dois estados ainda apura os casos e não descarta a relação entre eles. Até o momento, ninguém foi preso.Em páginas dedicadas ao público LGBTI+ circulam informações de que as três vítimas teriam marcado encontros por meio do aplicativo Grindr antes dos assassinatos. A visão é reforçada pelo Grupo Dignidade.
A investigação da polícia é acompanhada pelo Grupo Dignidade, ONG que apoia a população LGBTI+, que cobra justiça pelas três vítimas.
— A perspectiva [dos crimes] é de encontro através de aplicativo de relacionamento e, depois de se encontrar com o suspeito, acaba acontecendo o assassinato. É o mesmo modus operandi — diz o advogado do Grupo Dignidade, Marcel Jeronymo.
Robson foi encontrado morto no dia 17 de abril na casa em que morava sozinho, em Abelardo Luz. Segundo a Polícia Militar (PM), ele tinha sinais de violência no corpo. O carro do professor universitário foi encontrado no mesmo dia na região metropolitana de Curitiba.
Os assassinatos no Paraná aconteceram em abril e maio. O primeiro deles foi no dia 30 do mês passado. Um enfermeiro foi encontrado morto no próprio apartamento em Curitiba. Ele estava com as mãos amarradas.
A segunda morte foi registrada no dia 5 de maio. A vítima era estudante de medicina e foi encontrada com sinais de esganadura. O caso também aconteceu em Curitiba.
O delegado Thiago Nóbrega, da 3ª Delegacia de Homicídios de Curitiba, disse que houve uma troca de informações com a polícia de Santa Catarina. Nóbrega afirmou que ainda estão sendo feitas diligências para apurar as mortes, mas que não descarta a ligação entre os casos.
— Ainda estamos apurando os casos e mais detalhes não podem ser dados neste momento para não atrapalhar as investigações — disse o delegado.
A reportagem tentou contato com o delegado responsável pelas investigações em Santa Catarina, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
Fonte: NSC