Por Betto Rossatti: Mitos, bobagens e verdades sobre nosso mundo
Somos bilhões. Enquanto escrevo, chego a ouvir o zumbido da colméia humana. Nossa vida, hoje medida em bits por segundo avança rápido. Dizem que o homem que vai viver 150 anos já está entre nós. Mas a questão não é esta, de quanto vamos viver, mas com que qualidade de vida queremos viver. Os fatalistas, que não aprecio, dizem que o planeta caminha para exaustão. Não tem condições de produzir os alimentos, tão pouco a energia para manter a vida nesta escala. Afirmo que eles estão errados. Acredito mesmo é na genialidade humana. Os chamados “fatalistas” já erraram no passado e vão errar novamente. Lembro Thomas Malthus, que em 1798 dizia que a Terra não teria condições de sustentar bilhões de almas.
A profecia de Malthus parecia que iria se cumprir em 1915, quando o número de cavalos nos Estados Unidos chegou a 21 milhões. Cada cavalinho consumia quatro toneladas de comida por ano, entre grãos e alfafa. Um terço da produção agrícola dos EUA era para dar comida aos cavalos. Mas a humanidade não vivia sem cavalo. Eles aravam a terra e produziam alimentos em escala para alimentar os dois bilhões de habitantes do início do século XX. O milagre que salvou a humanidade da fome iminente foi o Ouro Negro, o petróleo, que permitiu a grande revolução do motor a combustão. Os cavalos viraram salame. Nosso mundo evoluiu, os pobres de nosso Brasil hoje, era a classe média alta nos anos 50. Hoje 95% dos lares brasileiros tem televisão. O numero de maquinas de lavar passou de 24% em 1992 para 44% de presença nos lares de nosso país. Hoje, qualquer trabalhador braçal come melhor que o Rei Henrique 8º.
Estas referências são apenas para dizer que não sou idiota para afirmar que está tudo bem, mas o mundo não vai acabar como dizem alguns. Aquele bife que você comeu no almoço hoje, precisou de 15 mil litros de água para chegar até sua mesa. Neste ano, quase três bilhões de pessoas passarão pelo menos 30 dias sem água. Precisamos de energia limpa, abandonar os motores a combustão, buscar tecnologia para substituir os pneus dos nossos automóveis, melhorar o transporte urbano, dar um jeito no nosso lixo. Sanar a fome imediata de um bilhão de irmãos pelo mundo. Mas ACREDITO no Homem, que sobreviveu aos dinossauros, as cavernas, a era glacial, as guerras, ao holocausto, e segue a jornada. Seremos 12 bilhões de almas em breve. Novos desafios, novas soluções. A inteligência humana, que emana de Deus, encontrará os caminhos.
Roberto Ivan Rossatti
É Advogado em Pato Branco
É Jornalista da Fundação Cultural Celinauta.