PÁTRIA AMADA

Olá leitores, tudo bem? Hoje quero falar a vocês um pouco sobre a nossa pátria amada, idolatrada, salve salve, Brasil. Afinal, amanhã é dia 7 de setembro, e como todo ano, desde 1822, comemoramos nossa independência. Mas estamos independentes do quê? Como diria Cazuza, que país é esse? Será mesmo que temos o que comemorar? Vamos aos prós e contras, antes de me criticarem. Vejamos… estamos em um momento de tensão política, onde todas as notícias políticas nos levam ao caos da corrupção. Há nesse momento um grande paradoxo. Pagamos nossos impostos em dia, votamos em candidatos que pensávamos serem os mais sensatos para os cargos maiores, e o que vemos? Uma festa geral. E sabem do que mais? Não fomos convidados para ela, não é mesmo Cazuza? Somos o terceiro mundo, e a piada no exterior. Que verdadeiro horror.

Em quem eu posso confiar para ano que vem votar? Vemos as possibilidades. E não são nada animadoras. E aí eu continuo a falar do nosso país, onde conseguimos muitas conquistas com braços fortes, mas aos poucos as vemos sendo retiradas de nós. Ó pátria amada, eis teu povo que amanhã comemora a nossa independência, mas que morre de fome, que morre de frio. Há aqueles que preferem a vida fácil, muitas vezes oportunidade tem, mas nem sempre há quem as queira.

Ó pátria amada, cadê as mínimas condições de vida para todos os seus? Cadê nosso sonho intenso de viver em paz e harmonia? Posso sair de casa sem medo de morrer? Posso estar em casa sem medo de quando menos perceber, alguém a invade? Terra adorada, eu a amo, mas desse jeito, não tem condição de aqui continuar a viver.

Deitado eternamente em berço esplêndido, onde muitos pais de família estão deitados eternamente em caixões escuros e gélidos, pois a violência ali o levou. Teus risonhos campos têm mais flores, mas junto delas vem às dores, o medo, o preconceito. Somos vítimas de uma independência que beneficiou a poucos.

Mas temos sim que comemorar. Afinal, ainda vivemos por aqui. E como dizem por aí, quem não está contente que vá embora. Não, não é assim que se resolvem as coisas. Até porque temos que pensar na glória do futuro, pois somos teu filho, ó pátria amada, e não fugimos nunca à luta.

Vamos comemorar sim. Afinal, quem tem emprego deve segurá-lo com amor. O direito à escola existe, então porque não aproveitar? Só reclamar não adianta. Brasil, te adoramos, e por isso por ti sempre lutamos. Tem gente que não nos quer nas escolas, mas vamos nos rebelar, e vamos para elas. Dar o melhor de nós. Aprender a pensar. Pensar num futuro de alegrias e realizações. Brasil mostra tua cara, assim como muitos já mostraram. Ó pátria amada, salve o seu povo que tanto o ama. Afinal, somos brasileiros e de ti, não desistiremos nunca.

 

RODRIGO A. TOIGO

Professor e acadêmico de Jornalismo

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