POR RODRIGO TOIGO: REFÉNS DO MEDO – A VIOLÊNCIA “BATE” À NOSSA PORTA

Olá, queridos leitores, tudo bem? Hoje vamos conversar sobre um assunto delicado. Pelo título você até imagina o que é, certo? Então, vamos lá. Já pensaram em sair de suas casas para trabalhar, visitar um amigo ou parente e ao retornarem se depararem com uma casa quase vazia? Já imaginou, meu leitor assíduo, todo aquele esforço que você teve, trabalhando duro, para poder comprar aquela TV de última geração? Aquele notebook super potente? E aí sem mais nem menos… surpresa… alguém os levou de sua casa. Sim, sem pedir licença, sem pedir permissão. Simplesmente, se achou no direito de entrar/arrombar a sua residência e levar tudo o que podia.

E você, empresário, já se deparou com a situação de chegar à sua empresa, comércio e dar de cara com a porta estilhaçada, vidros todos no chão, e dar por falta de mercadorias? Já estimaram o prejuízo que isso causa?

Mas tudo isso que estou apontando aqui parece repetitivo, não é? Pode ser, contudo é repetitivo igual aos casos de assaltos que vemos diariamente. E isso não acontece apenas longe daqui. Ocorre, e muito, em nossa cidade. Aí pergunto: o que podemos fazer enquanto cidadãos honestos e trabalhadores? Para alguns, esses assaltantes, jovens ou já adultos são “meras vítimas da sociedade cruel”. Suas famílias não puderam lhes dar “do bom e do melhor” e por isso estão por aí causando discórdia.

Não concordo!

E explico…

Agora pelo fato de alguns indivíduos não terem as mesmas chances que eu, que você, na vida, devemos então aceitar que entrem em nossa casa, nosso trabalho, e levem tudo o que conquistamos? E pior, isso quando não encontram alguém em casa, onde batem, violentam e até mesmo matam, para poder “concluir o serviço”.

Trabalho para quê? Para melhorar de vida, para poder sobreviver e talvez, se sobrar, ter um pouco de luxo. Porém, será certo dividir isso tudo com aqueles que não querem trabalhar? Sim, trabalho há. Difícil de realizar talvez, mas independente do que for, é muito mais honesto do que roubar. E as escolas estão aí, de portas abertas para ensinar, para mostrar o caminho do conhecimento e da busca pela dignidade.

A sociedade clama por justiça, por segurança. Estamos cansados de ver notícias do tipo: “a casa do Fulano foi assaltada hoje à tarde”, “você conhece o Ciclano, entraram na casa dele essa madrugada”, “soube que assaltaram a Loja X a noite passada e levaram quase tudo?”. É justo isso? É certo?

Alguns podem falar: “mas você não sabe o que se passa na vida desse sujeito que cometeu o roubo”. Não sei mesmo, todavia sei o que eu passo para conquistar tudo o que tenho, assim como você, que está lendo essa crônica, que sabe o qual difícil é acordar muitas vezes pela madrugada para conquistar seu pão. E quando é menor? Pior ainda, pois sabemos que as leis deste país são fracas quanto a isso.

Mas sobre esse assunto, deixo para outro dia…

Enquanto isso, vivemos reféns do medo, nos privando de muitas coisas, para não deixar nossas residências sozinhas e à mercê de indivíduos que “não tiveram a mesma sorte que nós, essas pobres vítimas da sociedade atual”.

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