POR RODRIGO TOIGO: ESTRESSE NOSSO DE CADA DIA

Olá leitores. Tudo bem? Deixem-me contar para vocês o que me aconteceu esses dias. Surpreendi-me com algo que vi. Sim, estava eu em um supermercado de uma cidade vizinha comprando gorduras para o meu corpo continuar sobrevivendo. Após comprar sonhos, nozinhos e uma bela fatia de bolo de chocolate – sim, amo chocolate, só porque não posso comer, por causa da minha querida hérnia de hiato – fui ao caixa rápido – aquele que sempre vou – e tinham três pessoas na fila. Como todo ser humano “rato” de supermercado sabe, esse tipo de caixa é para compras pequenas, como as minhas, por exemplo. Mas tinha um senhor – não tão velho assim – com um carrinho cheio de compras. Cheio mesmo. A moça do caixa pediu para que ele gentilmente fosse a outro caixa, visto que ali era só para compras menores. Ele foi. Ok. Mas ao chegar ao caixa ao lado, foi informado que aquele também não atendia compras como a dele.

Agora, pasmem, meus caros leitores, este homem resolveu, sabe Deus o porquê, deixar suas compras ali mesmo, no carrinho, e irritadíssimo foi embora. Como assim? Exatamente, ele saiu do estabelecimento sem levar nada. Perdeu um tempão procurando o que precisava, se fosse a outro supermercado, perderia ainda mais tempo, procurando tudo outra vez, o que sem dúvida seria mais fácil esperar em outra fila, ali mesmo, para que fosse atendido.

Aí fiquei a pensar: o que leva o ser humano a ter tanto estresse no seu dia a dia? Não que eu seja um poço de paciência, longe disso, mas estou sabendo me controlar. A correria do nosso cotidiano faz com que nossos nervos realmente fiquem à flor da pele, isso já sabemos. Porém, fazer coisas impensáveis como essa, é algo fora do comum. O trânsito estressa, colegas de trabalho estressam, amigos e familiares muitas vezes estressam. A vida é estressante. Mas devemos vivê-la.

As pessoas ao nosso redor não tem culpa de estarmos de mau humor. Vamos viver em harmonia? Que tal? Já cansei de ver atendentes “morrendo” de vergonha em relação a clientes “estourados”. De que adianta? Às vezes até alguns destes mereceriam uns “esporros”, comento com quem está comigo, mas não vale a pena a falta de educação e o estresse exacerbado. Convivamos em paz meus queridos. A vida é tão bela para tanta desunião e brigas. Evitaremos assim uma terceira guerra, a que pode ser a pior de todas: a nossa própria e interna guerra.

 

RODRIGO ANTONIO TOIGO

Professor e acadêmico de Jornalismo

Foto: helpguide.org

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