Greve dos caminhoneiros ganha força e comércio clevelandense começa a sentir os reflexos
A manifestação iniciada pelos caminhoneiros já dura cinquenta e duas horas e vem ganhando força através do apoio da população clevelandense. Empresas do ramo de transportes escolar e coletivo se juntaram aos caminhoneiros e na manhã de hoje, 23, agricultores também aderiram à greve e posicionaram máquinas agrícolas nas margens da rodovia nos dois trevos de acesso ao município, o comércio representado pela Associação Comercial e Empresarial de Clevelândia – ACEC manifestou apoio a greve e vários comerciantes fecharam as portas as 16h e seguiram em carreta do centro da cidade até o Trevo do Portal, local onde se aglomeram o maior número de grevistas. O acesso de caminhões e veículos de carga e transporte permanecem bloqueados também no Trevo dos Tropeiros ( Recapadora Trevelândia Pneus) e no acesso à rodovia PR-280 pelo bairro EAPI.
O comércio clevelandense já sente os primeiros reflexos da greve desde a tarde de terça-feira, 22, quando começaram a se formar filas nos postos de combustíveis para garantir o abastecimento, e devido a demanda por etanol e gasolina os estoques dos postos Siviero, Panda, e Rufatto acabaram logo após a greve completar 24h, já no posto Nossa Senhora da Luz o estoque de etanol durou até a tarde desta quarta-feira. Nos supermercados da cidade a baixa nos estoques já começa a preocupar, e é possível que produtos perecíveis comecem a faltar já a partir de amanhã. Materias de uso hospitalar e medicamentos continuam com o acesso liberado.
Devido a dificuldade de acesso à empresa Aurora Alimentos que emprega clevelandenses na udidade de Abelardo Luz-SC, emitiu um comunicado suspendendo às atividades produtivas nas indústrias de processamentos de aves e suínos nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul; a FADEP também suspendeu às aulas pelo mesmo motivo.
A Polícia Rodoviária Estadual e a Polícia Militar tem monitorado os pontos de manifestações em Clevelândia.
Os grevistas que lutam pela baixa dos impostos sobre os combustíveis entre outras reivindicações afirmam que só cessarão a greve quando o governo federal atender as solicitações da classe.