YOUTUBER: UMA NOVA PROFISSÃO QUE VEIO PARA FICAR

Você é curioso? Tem vontade de saber como é o dia a dia de um profissional do YouTube? E se esse for aqui da nossa cidade? Hummm, melhor ainda, não é? Mas antes disso tudo, precisamos saber como essa “profissão” surgiu.

No início dos anos 2000, três rapazes, Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim, principiaram a ideia de uma plataforma de vídeo chamada YouTube.  Depois de muito trabalho, o domínio foi registrado em 14 de fevereiro de 2005, mas só em 23 de abril que o primeiro vídeo foi compartilhado: onde um dos fundadores aparece em um zoológico de San Diego.  Em 2006 a Google comprou o YouTube.

Junto da nova plataforma de vídeos surgiram os youtubers, pessoas que se dedicam a gravar, editar e publicar vídeos exclusivos para a rede mundial. O primeiro youtuber brasileiro que se tem notícias é Guilherme Zaiden. Atualmente há mais de 580 mil canais brasileiros no YouTube.

E por aqui temos uma youtuber, publicitária, empresária e leitora assídua, que falou com a equipe do Clevelândia On-line, sobre como é o cotidiano desse profissional ligado à rede mundial dos computadores.

Entrevistar faz parte da vida de qualquer jornalista, mas quando se trata de entrevistar uma amiga, esta tarefa fica ainda mais fácil. Entre um papo e outro, o gravador foi ligado e as perguntas, anotadas em uma caderneta, anteriormente, começaram a serem feitas.

Com vocês, uma entrevista com Rebecca Victória Rodriguês Magnoni, que já chegou a 4 mil visualizações em um vídeo do seu canal “Rebecca Victória”.

Rebecca Victória Rodriguês Magnoni, 23, conversou com o Clevelândia On-line e contou um pouco sobre a vida de uma youtuber.

 

Rodrigo: Rebecca, quando e por que você iniciou como youtuber?

Rebecca: Há três anos. Foi em uma brincadeira. Eu fazia faculdade de Publicidade e Propaganda, estávamos conversando sobre o YouTube e pensei: “vou fazer um canal”. Já tinha uma página no Facebook. E assim resolvi criá-lo. Não tinha muita ideia de como editar vídeos, pois na faculdade eu tive apenas uma base de edição. No começo foi complicado, mas com o tempo fui me aperfeiçoando.

 

Rodrigo: Quais eram suas pretensões, no início do canal?

Rebecca: Eu queria ser conhecida, não só em Clevelândia, mas fora. Queria ser blogueira, famosa. Foi fazendo vídeos que descobri minha personalidade. O que gosto e não gosto de fazer. É muito bom ter o canal, pois amadureci e o canal cresceu muito.

 

Rodrigo: Whindersson Nunes, Felipe Neto, Júlio Cocielo, Kéfera, Luba, são alguns dos principais youtubers brasileiros. Você assiste aos canais deles, de outros, ou não?

Rebecca: No início me baseava muito na Kéfera, pois nós gravávamos vídeos caseiros e atuais, mas eu amadureci, e ela também, então mudou muita coisa, e atualmente não a sigo, pois é totalmente diferente do que gosto. Ela criou muita polêmica em volta dela. O Felipe Neto eu também acompanhava, mas como também mudou muito, parei.  Em um vídeo rasgou até o livro Crepúsculo, falou mal dele, e era meu livro favorito, fiquei triste, mas entendo que era a opinião dele.

 

Rodrigo: Qual é o público-alvo do teu canal?

Rebecca: O YouTube tem uma plataforma onde podemos ver a faixa-etária e cidade em que estão quem nos assiste. Atualmente eu tenho um público feminino fiel, maior de 18 anos. Tenho poucas pessoas no Paraná que me veem, mas de fora, há várias, inclusive em Portugal e Noruega tenho quem me assiste.

 

Rodrigo: Qual a periodicidade de publicação dos seus vídeos?

Rebecca: Antes eu postava vídeos duas vezes por semana. Agora como trabalho na loja, consigo postar todas às terças-feiras, ao meio dia, no canal “Rebecca Victória”.

 

Rodrigo: Youtuber começou como um hobby. Agora é uma profissão. Você, Rebecca, se considera uma profissional nesse ramo?

Rebecca: Eu penso que devo melhorar ainda mais. Há várias categorias, mas a beleza e jogos são as que mais são remuneradas. Então, na minha categoria estou bem, mas no geral ainda não sou quase nada.

 

Rodrigo: Sobre remuneração, como funciona para receber?

Rebecca: Está cada vez mais complicado receber dinheiro. Tem muita gente gravando vídeos por aí, e a própria plataforma não consegue dar o giro. Está cada vez mais difícil de ser reconhecido como youtuber, pois devemos ter mais de 40 mil visualizações somando todos os vídeos para sermos remunerados, o que não é o meu caso, ainda.

 

Rodrigo: Que material você usa para gravar e editar seus vídeos? Como funciona a vida por trás da câmera?

Rebecca: No início era só o meu computador para gravar. Ano passado eu ganhei do meu pai uma câmera específica para fazer vídeos. Estou pensando em comprar um microfone de lapela, mas ainda gravo com o microfone do meu celular. Eu gravo durante o dia, pela manhã e nos outros eu edito.

 

Rodrigo: Deixe uma mensagem para o público que lerá esta entrevista, Rebecca.

Rebeca: Agradeço pelo espaço e carinho, e espero que as pessoas se interessem mais, não só pelo YouTube, mas pela leitura, que é uma cultura maravilhosa. Devemos nos envolver cada vez mais com a literatura. Tentem ler, procurem livros que sejam interessantes ao que vocês gostam. E sejam felizes.

“…procurem livros que sejam interessantes ao que vocês gostam. E sejam felizes.”

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