Pesquisa identifica perfil dos empresários de Clevelândia
A partir do próximo ano, a Faculdade Municipal de Educação e Meio Ambiente(FAMA) de Clevelândia, atuará diretamente com os empresários do município criando estratégias para qualificação dos gestores dos pequenos negócios.
Para identificar as principais carências e definir as estratégias, acadêmicos de Administração realizaram a pesquisa de campo com 331 Autônomos, Microempreendedores Individuais e Microempresários entre os meses de setembro/2017 a março/2018.
No estudo foi levantado o perfil do empresariado, suas necessidades de capacitação para o gerenciamento de pequenos negócios. Foram apuradas questões de atividades, escolaridade, renda, gênero, faixa etária, tempo de atividade, qualificação. Perfil dos Profissionais Autônomos, Microempreendedores Individuais e Microempresários do Município de Clevelândia
No relatório, recentemente divulgado em Audiência Pública, a Instituição de Ensino Superior pública enfatizou que a iniciativa visa contribuir com desenvolvimento contínuo da produção e consumo de bens e serviços, a preservação de empregos e distribuição de renda, apoio, promoção do desenvolvimento, fomento social e econômico.
Conforme a pesquisa, autônomos clevelandenses concentram-se na prestação de serviços gerais, mão de obra e atividades ligadas a saúde. Quanto à escolaridade, 28% já cursaram ou estão cursando o ensino superior e têm, na sua maioria, mais de 30 anos.
Dentre os Microempreendedores Individuais(MEIs), que atuam basicamente no setor de alimentos/bebidas, têm rendimento bruto mensal até R$ 3.000, sendo que 26% já cursaram ou estão cursando o ensino superior. Consideram que a necessidade de conhecimentos específicos e as dúvidas sobre os resultados são as principais dificuldades na condução dos negócios.
De forma geral, os Microempresários de Clevelândia concentram seus esforços principalmente no segmento comercial e prestação de serviços e a metade deles percebe rendimento bruto mensal acima de R$ 10 mil. A pesquisa identificou que, de forma geral, os empreendedores tem necessidades semelhantes de treinamento e capacitação.
Além da criação de estratégias para a qualificação, a pesquisa identificou a necessidade de implantação de políticas públicas com o envolvimento de todos os setores do Poder Público local para a criação e manutenção de programas contínuos de promoção e desenvolvimento de pequenos negócios; estímulo à discussão consciente dos resultados encontrados nesta pesquisa; programas de incentivo à Mulher Empreendedora; criação de grupos de estudos dirigidos, focados em resultados específicos; programas de incentivo ao Jovem Empreendedor; conscientização da comunidade empresária sobre a importância da capacitação e treinamento contínuos para o desempenho de seus empreendimentos.
Por IVAN CEZAR FOCHZATO/ RBJ