AQUI JAZ UMA HISTÓRIA – É O FIM DA ARAUCÁRIA E DO IPÊ
Ironicamente, no município em que a preservação ambiental traz recursos aos cofres públicos, aconteceu recentemente um crime ambiental na cara e na casa do povo.
No mês de novembro de 2017 duas árvores que faziam parte do conjunto de paisagismo do paço municipal, um Ipê Amarelo e um Pinheiro Araucária começaram a agonizar da noite para o dia, e quando os olhos dos clevelandenses perceberam que as árvores pediam socorro, já era tarde para socorrê-las. A senhora Araucária e o Senhor Ipê haviam sido violentamente agredidos, nos seus troncos haviam buracos e fortes indícios de que alguma substância mortal havia sido injetada ali, não se sabe por quem, não se sabe o porquê.
Fotos: Divulgação Whatsapp
No final da década de 80 e início de 90 os dois exemplares, um deles símbolo do país e o outro do estado do Paraná, foram declaradas pelo então prefeito Antônio Celso Bortolini como símbolos também do município e, desde então, imunes a corte. Mas o que fazer quando uma vida morre? Seja por causa natural ou por morte violenta, trágica, intencional, resta que os que ficaram realizem os atos fúnebres e dêem o destino correto ao corpo, e assim aconteceu com os falecidos Araucária e Ipê, que de forma imponente davam boas vindas a todos os que visitavam a prefeitura municipal. O domingo amanheceu em clima de funeral, as árvores foram ao chão, mas elas já haviam morrido ainda em pé, não se sabe o porquê, não se sabe por quem.
Agora, enquanto os entes queridos vivem o luto das árvores, espera-se que assim como acontecem com os assassinatos das pessoas, as autoridades a quem compete investiguem a autoria do crime e punam da forma que manda a lei ao criminoso.
Fotos: Clevelândia Online
TROCADILHOS À PARTE: O CASO É SÉRIO.
Em qualquer cidade do Brasil, a poda ou o corte de uma árvore em ambiente público ou particular só é considerada legal depois de receber a devida autorização da prefeitura municipal ou de algum órgão competente, no Paraná, o responsável é o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) ou também o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Em geral, a partir do pedido de corte, é feita uma vistoria por uma equipe técnica responsável por autorizar ou vetar o serviço. Toda árvore de qualquer espécie que estiver com a estrutura comprometida ou apresentando perigo à fiação elétrica ou a edificações, pode ser podada e, em casos extremos, cortada. Não há confirmação de que os cortes tenhame sido autorizados, porém as árvores já estavam com a estrutura comprometida, o corte era inevitável, e o crime neste caso está no envenenamento dos exemplares.
Clevelândia espera ansiosa que o criminoso envenenador de árvores indefesas seja identificado e punido conforme manda o Decreto Federal 6.514/08, pois como conferimos em loco, existem câmeras de segurança no entorno do prédio da prefeitura municipal que podem apontar a autoria do crime.
É inaceitável que a população clevelandense continue sem saber o por quê e o por quem.
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