Há um ano, o último voo, a tragédia da chape
Olá meus queridos amigos, tudo bem? Existem datas que realmente se tornam inesquecíveis em nossas vidas, não é mesmo? Algumas por serem alegres, e outras por serem tristes. Há um ano, na fatídica terça-feira, 29 de novembro, ao acordar, peguei em minhas mãos meu celular e logo vi uma mensagem que havia recebido no meu whats. Nessa, havia um link. Ao abri-lo e lê-lo, fiquei apavorado. Corri para a sala e liguei a TV, todos os telejornais matutinos noticiavam: tragédia em Madelin, Colômbia, com o avião que levava a delegação da Chapecoense.
Ao longo daquele triste dia, as notícias chegavam junto às lágrimas. Jogadores, técnico, jornalistas, convidados. Quase todos mortos. Que tragédia. Que dor foi aquela que se assolou pelos corações de cada cidadão brasileiro. E digo mais, não só o Brasil, mas o mundo chorou naquela amarga terça-feira.
Uma equipe em ascensão, cheia de glórias e vitórias. Em pouco tempo o clube da vizinha Chapecó chegou a Série A do Brasileirão, alegrando não só os seus torcedores, mas a todos, pois podíamos ter a chance de ver nossos times, nossos jogadores favoritos jogando aqui pertinho, na Arena Condá. Eis que todas as vitórias sucumbiram com aquele último voo.
Contudo, as lembranças não se apagam. O Brasil todo se tornou Chape. A solidariedade tomou conta de todos nós. E mesmo um ano após 71 famílias chorarem a perda de seus entes queridos, ainda nos emocionamos. Ao redigir tais linhas me emociono em lembrar a nuvem escura que se apossou de todos.
Chapecó chorou. Mães choraram. Filhos órfãos ficaram. Jogares em pleno auge partiram para jogar na Arena Divina. Todavia, seis almas foram poupadas nessa tragédia: duas pessoas da tripulação, três jogadores e um narrador. E o trauma? O medo da morte pós-acidente. A saudade da família.
Ah, como é triste essa data. 29 de novembro. Uma data que poderia ser normal, como qualquer outra, mas manchada de luto no calendário de nossas vidas. Como esquecer? Impossível. Não se esquece a morte de 71 pessoas. Muito menos pela maneira feroz como aconteceu.
Aquele avião, que ao decolar, quem saberia que não chegaria ao seu destino? Quando pensaríamos, ao final do último jogo da Chape, contra o Palmeiras, que nunca mais vibraríamos com as defesas de Danilo? O Atlético Nacional, time adversário da Chape na final da Sul-Americana se solidarizou de forma emocionante. O título, da pior maneira possível, ficou com o clube brasileiro. Mas e se não fossem tão bons ao ponto de chegarem a essa final, será que estariam ainda jogando nesse plano? Quem sabe, era para isso acontecer. Afinal eram muito bons para aqui ficarem.
Hoje, um ano depois, meus amigos, não há como não relembrar… não há como não se emocionar. E ao voltar, à mente, imagens dos corpos chegando à Arena Condá para o velório coletivo, naquele sábado chuvoso, o que podemos pensar? Sim, o céu também estava a chorar. Pois ninguém, pois nada em qualquer plano pode suportar tamanha dor.
Mas a vida é assim mesmo. Estamos aqui apenas de passagem, e não sabemos quando essa se encerrará. Quando o nosso avião eterno não mais decolará cabe apenas a Deus saber. Por isso, vivamos cada dia da nossa vida de forma intensa. Em harmonia, com amor, carinho e paz. Para que viver com ódio se há o amor? Por que rancor se há o perdão? Sejamos melhores e uma ótima semana a todos. Até a próxima!