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Imposição de material didático gera revolta entre professores municipais de Clevelândia

Um grupo de professores da rede municipal de ensino procurou o Clevelândia Online para denunciar o que classificam como descaso com a educação por parte da administração municipal. As reclamações incluem a imposição de um material didático para 2025, sem considerar a escolha feita pelos pedagogos, diretores e secretária de Educação, além da falta de respostas às demandas da categoria.

Após várias reuniões realizadas entre pedagogos e diretores das escolas e CMEIs municipais, foi definido o material didático mais adequado à realidade das instituições. Esse material foi formalmente solicitado por meio de um protocolo registrado pela então secretária de Educação, com o apoio das diretoras escolares. No entanto, na semana passada, a equipe pedagógica e os diretores foram convocados a uma reunião no gabinete da prefeita, com a presença do secretário de Saúde e da secretária de Administração e Finanças, ambos sem ligação com a área educacional.

Durante a reunião, foi apresentado um material diferente daquele escolhido pelos profissionais da educação. Segundo os professores, o material imposto pela administração possui qualidade inferior e está superfaturado, o que gerou revolta na categoria. O episódio levou à exoneração da secretária de Educação, que se recusou a concordar com a decisão. Para o cargo, foi nomeada interinamente a secretária de Administração e Finanças, o que levantou questionamentos sobre se há falta de professores capacitados para assumir a pasta.
Além disso, no dia 8 de novembro, os professores protocolaram um documento cobrando respostas sobre questões importantes, como o pagamento do 14º salário, a distribuição de aulas, a continuidade do plano de carreira e a garantia das horas-atividade. Até o momento, não houve retorno da administração municipal, aprofundando a sensação de desvalorização da categoria.

“É frustrante ver decisões sendo tomadas sem diálogo com quem está na linha de frente da educação. Estamos sendo ignorados em demandas legítimas, enquanto questões importantes são tratadas com descaso”, desabafou uma professora que preferiu não se identificar.