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Mantido em cativeiro por mais de 12h o caminhoneiro John Petrolli relatou ao Clevelândia Online os momentos de tensão que passou depois de ser assaltado

A viagem de John teve início as 04h de segunda-feira, 11, quando saiu de Clevelândia transportando uma carga de telhas e argamassa que seriam entregues em diferentes destinos ainda no estado do Paraná; ao amanhecer do dia, já na cidade de Capitão Leonidas Marques o caminhoneiro foi fechado por uma caminhonete da qual desceram dois homens utilizando toucas balaclava e de armas em punho anunciaram o assalto e retirando John de dentro do caminhão o puseram uma espécie de touca a fim de impedir que visse o restante da ação, em seguida a vítima foi colocada dentro da caminhonete, aos pés de dois homens que o mantiveram no chão por horas sob a mira de armas. Devido a situação de estresse, John já não conseguia precisar quanto tempo passou enquanto a caminhonete andou até chegar num local possivelmente na zona rural pelos sons que se ouvia, e ali foi mantido até a noite em companhia de um homem que em um dado momento alimentou e deu água para a vítima sem que esse pudesse lhe ver e nem reconhecer o local em que estava.
Um dos momentos de maior medo, foi quando outros homens chegaram no local dizendo que “chegou a hora do motorista” , neste momento John realata que pensou que fossem matá-lo, mas colocaram-o novamente num veículo, na posição em que foi até o cativeiro e andaram pelo tempo que acredita ter sido em torno de uma hora, parando numa lavoura de milho onde o retiraram do veiculo e o mandaram correr para não morrer, neste momento John relatou que atiraram para assustá-lo e ele correu pelo meio da plantação, em seguida parou e tentou escutar barulho que pudesse guia-lo para o socorro, e então voltou a andar até que encontrou uma casa, mas ao pedir socorro foi atropelado do lugar. Já era noite e o motorista passou a andar por caminhos que se mesclavam em estradas de chão e asfalto até que chegou a uma rodovia onde pediu socorro para muito veiculos mas não foi atendido, já próximo a um posto de combustível, enfim um colega de profissão parou para socorrer John, e, coincidência ou enviado por Deus, o auxiliador era Evandro Monson (Frango), clevelandense e companheiro de estrada de John, que exausto, machucado e ainda em estado de pânico não conseguia lembrar de nenhum contato da família para avisar que estava sendo socorrido.
Frango imediatamente avisou não só a família mas toda a comunidade clevelandense e os companheiros de estrada que estavam aflitos com o sumiço de John, através do Facebook.
Na manhã desta terça-feira, 12, já acolhido pela família, John agradeceu a todos que o mantiveram em suas orações.