SÍRIA: VAMOS FALAR DE COISA SÉRIA

Olá meus caros amigos, hoje decidi conversar com vocês a respeito da Guerra Civil na Síria, um pequeno país asiático, lá do Oriente Médio, cuja maior parte do território é um grande deserto. Sua capital é Damasco, e seu presidente desde 2000 é Bashar al-Assad, sua principal religião é o Islamismo (92,1 %).

Mas não quero aqui dar uma aula de geografia. O que está havendo lá é muito mais importante (e trágico) do que uma simples cirurgia do Neymar (que joga para benefício financeiro próprio), contudo, a imprensa pouco noticia (ao menos não vi NADA na televisão) sobre esta guerra, já sobre o Neymar… bem, não quero comentar sobre ele. Voltando ao princípio, a Guerra Civil na Síria não é nada nova. Começou em 2011, quando a população estava revoltada pela falta de emprego e corrupção (seria mais ou menos o que ocorre no Brasil?). Lá, um grupo de jovens gigantes “acordou” e começaram a fazer manifestações contra o governo, que por sua vez os bombardeou, sem dó nem piedade, matando centenas de pessoas “logo de cara”. E foi aí, que a população se revoltou “geral”. Além disso, muitos jovens foram presos e torturados pela forte “ditadura” imposta por lá.

Quanto mais os opositores ao governo o enfrentavam, mais violência acontecia. Grupos rebeldes se reuniam contra Assad, que reivindicou severamente, tentando retomar o controle do Estado. A Guerra Civil estava pronta para iniciar. De um lado, grupos contra o governo, de outro, os braços direito do presidente. Só em 2013 já havia um saldo de 90 mil mortos, relacionados a tal embate.

Outros países entraram para lutar e defender próprios interesses, como os Estados Unidos e Rússia, que passaram a bombardear a Síria. E nisso tudo, inocentes morrem. Pais e mães de família, idosos, jovens e crianças, que nada têm com essa guerra “maldida”.

Para os EUA, na época de Obama, Assad era culpado pela maior parte das atrocidades e exigiam que ele deixasse o poder. Já Trump desejava derrubar o Estado Islâmico, e não Assad, algo que mudou de contornos após um ataque químico em 2017, fazendo com que os norte-americanos mudassem de ideia. Quanto à Rússia, o apoio é pela permanência de Assad no poder, defendendo interesses políticos daquele país.

E a guerra permanece. Cada vez mais forte. Mas por quê? Pelo fato de várias potências internacionais estarem intervindo financeiramente, a favor do governo e da oposição, fazendo com que dois lados transformem o pequeno país asiático em um grande campo de guerra.

Segundo informações do Centro Síria para Pesquisa de Políticas, mais de 470 mil pessoas já morreram, sendo que em 2018, ano que a guerra está se intensificando, mais de mil crianças (somente crianças) já morreram. De acordo com a ONU, durante estes quase sete anos de guerra, mais de 5 milhões de pessoas (em especial mulheres e crianças) fugiram do país, e ainda tentam fugir, deixando para trás família, casa, vida. E para onde vão? A maioria para a Europa, Líbano, Turquia e Jordânia (países vizinhos). Como? Sem dinheiro, sem condições para se manter. Saem de uma guerra e vão para outra.

E para piorar: mais de duas mil pessoas (30% crianças) morreram tentam atravessar o Mar Vermelho. A pobreza chega a 80% naquele país. E dói ver vídeos como o que nos são apresentados em redes sociais diariamente, bombardeios, construções devastadas, pessoas mutiladas. Machuca ver tanta criança chorando com sangue no rosto, pais em desespero com seus filhos mortos no colo. Isso choca, e muito. Mas nada é feito para parar. Cadê as autoridades políticas e religiosas para enfrentarem isso tudo e pedirem a tão chamada Paz? Nossa Campanha da Fraternidade pede Paz, já é um começo. Mas ainda é pouco visto a grandiosidade de atrocidade humana que ocorre por lá.

Quanto a nós, cabe rezar / orar, para que isso acabe logo, e que estas mortes parem, pois é urgente que esta guerra acabe. Choramos por milhares de pessoas que nem mesmo conhecemos, que talvez nem saibam que o Brasil existe. Alguns podem até pensar: mas e os nossos problemas? Temos também, mas por lá, parece que a coisa é bem pior. Não importa a nação. São nossos irmãos, e não há como ficarmos indiferentes com isso. Que Deus olhe com carinho para aquele povo. Chega de lágrimas de sangue derramado. O mundo pede PAZ. A Síria, mais que nunca, precisa dela.

Desculpem-me, meus caros leitores, pela extensão e seriedade do texto. Mas é algo que estava entalado em meu coração, e precisava jogar fora para poder respirar.

Um grande abraço e ótima semana. Até a próxima!

Imagens: Reprodução Google.

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