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Ex-servidor público denuncia ter sofrido assédio moral na prefeitura de Clevelândia

Um profissional liberal que foi admitido como servidor público através de processo seletivo, após denunciar que estaria sofrendo assédio moral, foi exonerado.

Para a reportagem, ele relatou que primeiramente foi prejudicado na classificação do PSS que foi realizado em outubro de 2021, ocasião em que a pontuação de outro candidato foi contabilizada de forma errada, prejudicando-o, o servidor apresentou recurso que foi acatado, reconhecendo assim a sua classificação em primeiro lugar, porém desde que foi convocado para o serviço público, passou por alguns problemas no exercício da sua profissão, entre as provas documentais que o ex-servidor possui, a que mais chama atenção é a de que não lhe era fornecido equipamento de trabalho e ainda assim o servidor recebia cobranças de resultados em prazos absurdamente impraticáveis.

O profissional relata ainda que inicialmente no serviço público, recebeu poucas tarefas então o mesmo se dispôs ficar à frente de um programa para regularização fundiária, o que foi aceito em maio de 2022, e então ele passou a coordenar, uma vez que estava estudando o assunto desde o mês de março e que em abril deste ano enviou para a assessoria jurídica uma proposta de lei, para que o município fosse o proponente dessa política pública, a fim de melhorar a qualidade de vida do povo. Nesta situação em específico, o mesmo relata que tudo o que podia fazer estava concluído e necessitava então de ajuda de outros setores, que precisam concordar, alterar ou modificar as propostas, tudo isso já estava acontecendo, até o momento em que o servidor passou a identificar possíveis irregularidades e levar a público uma história que envolvia uma suposta ilegalidade, a partir deste momento ele passou a ser esquecido e abnegado, chegando ao ponto de mesmo sem ter computador e a chefia do seu setor estar ciente da falta do equipamento que é ferramenta básica para exercer o trabalho, receber um ofício do gabinete no qual lhe era dado um prazo de dez dias para a entrega de um trabalho.

O servidor pediu uma sindicância para investigar o motivo de tamanha violência moral a que era submetido e no mesmo dia foi exonerado. Após a exoneração, em conversa com a então secretária de administração, a qual para peso de prova em um eventual processo, foi gravada, a mesma admitiu que ao arquiteto não era disponibilizado computador para trabalho, dizendo ainda que não sabia qual era o motivo da exoneração, pois nenhum rito legal foi seguido e o servidor era o primeiro de um processo seletivo e já haviam sido convocados outros três profissionais, até chegar a um servidora que já exercia a função como cargo de confiança. Além dele, outro servidor de carreira teria passado por situações semelhantes, este tendo inclusive sua mesa e cadeira de trabalho retiradas sob a justificativa de que outro setor precisava daquela mobília. De acordo com fontes internas algumas práticas que podem ser consideradas abusivas são comuns em diversos setores.

Para o Clevelândia Online, o servidor expôs a vasta documentação probatória das situações que descreveu, relatando que de posse das mesmas registrou um boletim de ocorrência e deu entrada em um processo judicial, visto que após perder o emprego injustamente e por conta das situações ocorridas ainda no exercício da profissão, adquiriu doenças psíquicas sendo ainda mais prejudicado.

Fizemos contato com a atual secretária de administração e ela nos informou que pelo fato de não ser a responsável na época dos fatos relatados pelo servidor, não tem informações a respeito deste caso, mas quanto a falta de equipamentos afirmou “Equipamentos, temos sim. Inclusive o pessoal do TI passa nas salas perguntando que tipo de equipamentos precisam.
Quando falta equipamento, eles solicitam e fazemos licitação.
No público, demora para efetuarmos compras, pois precisamos de licitação para tudo.
Mas não deixamos faltar.
E a marca da atual gestão é a legalidade. Por isso demora mais os processos.”