Colunista

RESENHA CRÍTICA: A MULHER NA CABINE 10

Você gosta de livros de suspense? Então uma boa dica é a obra de Ruth Ware, publicado em 2017, pela editora Rocco, A mulher na cabine 10, que em primeira pessoa, conta a história da jornalista Lo Blacklock, que trabalha em uma revista de viagens. Logo no começo o apartamento em que vive, sozinha, é assaltado, e ela leva, literalmente, uma portada no rosto. O bandido foge, trancando-a em seu quarto.

Lo está prestes a cobrir a viagem inaugural do Aurora Boreal, um luxuoso navio, do milionário Richard Bullmer. Mesmo após o assalto e uma discussão com seu namorado, ela resolve embarcar na viagem, cujas chances de crescer profissionalmente eram enormes.

Logo no primeiro dia, ela percebe que esqueceu seu rímel, e vai até a cabine ao lado, número 10, para ver se alguém lhe emprestava um. Uma moça, bonita, porém, estranha, lhe atende meio a contra gosto e empresta o seu rímel. Durante a madrugada, a jornalista acorda assustada, após ouvir o que pensava ser um grito. Solitária em sua cabine, escuta algo sendo jogado ao mar, e em pânico, presume ser um corpo. Ela consegue ver a silhueta de alguém na cabine ao lado, em que moça estava, horas antes.

A partir de então ela começa a suspeitar de um assassinato, e faz alarme em todo o navio, contudo, quase ninguém acredita nela, pois não há registros de ninguém hospedado na cabine 10. Porém, seu ex namorado, Ben, jornalista também a bordo, presume acreditar em Lo, e tenta auxiliá-la a desvendar o crime, em um jogo de caça alucinante.

Eu, particularmente, adorei descobrir quem é o assassino, e jamais imaginei que seria quem é. A trama é bem articulada, cheia de personagens poderosos, além de vários jornalistas, minha nova área. De tão estimulante que achei a obra, consegui lê-la em pouquíssimos dias. Leitura rápida e prazerosa, pois você quer logo identificar quem matou quem. E pior, cheguei a me perguntar se realmente ouve algum crime, pois não se sabe quem é a vítima, e a própria Lo Blacklock começa a se questionar se isso ocorreu realmente.

Uma história quase sensacional, bem ao estilo Sidney Sheldon ou Agatha Christie, contudo, apresenta um final que eu achei bem confuso, pois não consegui identificar quem é a pessoa que envia uma alta quantia em dinheiro para a protagonista da história, até imagino quem seja, mas as pistas dão conta que esta morreu.

E sobre o assaltante do apartamento dela? Nem sombra dessa pessoa. Ficou por aquilo mesmo, nada de descobrirem quem foi. Deixou a impressão que aconteceu apenas para mostrar que Lo estava emocionalmente abalada, e poderia ter “visto coisas” que não ocorreram no navio.

E quanto ao reencontro com o namorado? Gostei disso, e também da parte em que citava na história que as pessoas de fora da embarcação pensavam que Lo estava desaparecida.

Não chega a ser magnífico, mas é uma leitura gostosa e recomendável. E se você ler, por favor, me conte, entendeu direitinho o final da história?

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