Viagem dos muladeiros clevelandenses – (4ºpost)
Conhecem aquela famosa música do Teixeirinha que conta a história de um Tropeiro Velho e um moço novo?
Foi dela que lembramos na nossa última conversa com o tropeiro de Clevelândia que está viajando rumo a São Paulo, o Maurício nos contou que percorrendo o território da cidade de Pinhão pelo interior ele e o Sérgio Giraldi pararam em comércios conhecidos como bodegas ou vendas e conversando com os moradores destes locais os dois viajantes souberam que os bisavôs e avôs dos dois que também eram tropeiros costumavam passar por lá antigamente fazendo o mesmo trajeto que eles fazem hoje, que lá deixaram conhecidos e muitas histórias pra contar.
Além desta feliz coincidência os muladeiros foram também recebidos por um grande amigo do Sérgio e do pai do Maurício, o pinhãoense popularmente conhecido como Abelha é um negociante ou como chamamos na região “briquista” de muares, e no ano de 2008 o Sérgio Giraldi e o Cleudemar Serpa negociaram com ele e trouxeram nove burros e mulas para vender na região de Clevelândia. Para receber os amigos tropeiros o Abelha carneou um porco e além de uma boa refeição ele preparou iguarias como chouriço e torresmo para os amigos levarem no restante da viagem.
De Pinhão os muladeiros foram para o vilarejo de São Domingos, lá assaram uma costela de ovelha para a janta e pernoitaram, de lá seguiram a viagem com uma mudança de rota, ao invés de seguir para Prudentópolis foram em direção a Inácio Martins planejando passar por Tijuco Preto e chegar em Imbituva, cidade em que o tempo de parada também será utilizado para tratar em especial as mulas, fornecendo fortificantes, quanto a isso Maurício que tem grande experiência na criação e cuidados com estes animais, explicou que elas não estão precisando, pois são animais completamente aptos para viagens como esta e além disso o revezamento entre as seis mulas está sendo respeitado de forma que nenhuma delas se desgaste, mas que como forma de prevenção e cuidado extra elas receberão este fortificante.
Por Aline Meyer – Clevelândia Online
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