Tradição

Viagem dos muladeiros clevelandenses – (5ºpost)

Já chegando na cidade de Irati, hoje (06) pela manhã, percorrendo um trajeto de bastante morros que também é recortado pela linha férrea, o tropeiro Maurício Serpa fez contato e nos passou o diário da viagem.
Ontem no final do dia os viajantes foram recebidos no CT Rancho Franco na cidade de Inácio Martins, lá conheceram o gaiteiro Eloir Bastos e outros novos amigos que preparam uma calorosa recepção, oferecendo inclusive a cancha de tiro de laço para descanso da tropa.

No local em que também pernoitaram foram os tropeiros mesmo que prepararam a janta para os anfitriões, carne de javali, levada daqui de Clevelândia com mandioca.
E por falar em bóia de fundamento, hoje vamos detalhar um pouco mais da dinâmica da viagem contando sobre o responsável pela alimentação dos tropeiros e também dos animais, o Cleonir Antônio da Rosa conhecido como Mile é quem garante este cuidado na tropeada, ele viaja com o caminhão sempre a frente do Maurício e do Sérgio, levando as mulas descansadas, na parada para o almoço ele descarrega os animais, alimenta-os e dá água fresca e também prepara a refeição dos viajantes, Mile é quem chega antes e já vai “Picando a manta de charque o arroz na panela preta
É receita a moda antiga no rangido da carreta”
como diz na música Iguaria Campeira, e “Depois de bucho cinchado seguimos estrada parceiro”.

A estadia em Irati já estava garantida pelo Júnior Jacumasso que recebeu os viajantes no CT Rancho Isas, lá eles devem pernoitar e sair de viagem novamente amanhã (07) cedo, rumo a cidade de Imbituva.

Acompanhe esta tropeada:
https://clevelandiaonline.com.br/category/tradicao/

Por Aline Meyer – Clevelândia Online

O trajeto que os tropeiros percorreram nas últimas horas é bastante íngreme, está é a forma de relevo da região em que eles estão passando, inclusive num vídeo compartilhado nesta manhã (06) pelo Sérgio Giraldi num grupo destinado a informações da tropeada, ele mostrava que a cancha de tiro de laço do CT Rancho Franco termina no início de um precipício, brincando ele disse “aqui é a cancha, se rolar um cavalo pra baixo aqui nunca mais pega”.
O caminho de hoje também estava recortado pela linha férrea, por áudio Maurício contou que na última madrugada os tropeiros acordaram com a buzina do trem e ao ver as fotos do local por onde eles passavam a sua mãe também o advertiu brincando: “olhe para os dois lados antes de atravessar”.
O gaiteiro Eloir Bastos da cidade de Inácio Martins animou a estadia dos tropeiros no CT Rancho Franco.
Cleonir Antônio da Rosa o Mile é o responsável pela bóia de fundamento dos tropeiros, ele viaja de caminhão a frente do Maurício e do Sérgio e além de preparar o almoço, cuida também da alimentação das mulas que seguem no descanso.